A gasolina deve ficar em torno de 7% mais cara nos postos de combustíveis, segundo reportagem do jornal “O Estado de São Paulo”, publicada hoje (16). O reajuste irá se estender ao óleo diesel, que vai subir de 4% e 5%. A expectativa é a de que o anúncio seja feito pelo governo federal na semana que vem. O Sinpetro / MS (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes) acredita que o reajuste não será sentido de imediato pelo consumidor, pois a equipe econômica do governo estuda medidas para amenizar esse impacto e evitar uma piora nos índices de inflação do ano.
Entre as medidas que poderão ser adotadas nos próximos meses há o aumento da mistura de álcool anidro (etanol) na gasolina, dos atuais 20% para 25%. “Juntamente com o reajuste, deve ser anunciada a elevação do teto da mistura do etanol à gasolina”, afirmou o consultor técnico do Sinpetro, Edson Lazaroto.
Lazaroto ressaltou ainda que o aumento da mistura pode, no futuro, representar um desconto no preço da gasolina. “Além disso, a medida alivia a necessidade de importação de gasolina, que tem contribuído para o déficit da balança comercial”.
A decisão de conceder o reajuste já está tomada no Ministério da Fazenda, mas o ministro Guido Mantega, que também é o presidente do Conselho de Administração da Petrobras, só vai bater o martelo sobre o aumento e a fórmula que será adotada para amenizar esse repasse ao consumidor quando voltar das férias, na semana que vem.
De acordo com Lazaroto, o governo sinalizou que o aumento pode vir em fevereiro ou parcelado em fevereiro e agosto. Mesmo que o reajuste seja autorizado, não é possível definir quando o consumidor sentirá o peso do aumento no bolso. “O comércio é livre, portanto, cada empresa tem autonomia para fazer seu preço”, pondera.
Texto: Midiamax.com
Foto: Cleber Gellio