Uma acadêmica de 23 anos foi presa em flagrante no último domingo, dia 12 de junho, depois de matar por asfixia mecânica uma criança recém-nascida e carregar o corpo em uma mala. Era uma menina, com 37 ou 38 semanas, pesando 2,7 quilos.
A jovem, que é Ivinhema foi presa na cidade de Dracena, no interior de São Paulo, depois de dar entrada no Pronto Atendimento Municipal (PAM) com sangramento e cólicas, o que levantou suspeita de possível aborto.
Conforme informações do portal G 1 de Presidente Prudente, a polícia foi acionada e médicos informaram que a jovem apresentava quadro clínico de “aumento de volume uterino, sangramento e laceração do colo uterino”. Por conta da gravidade, ela foi transferida do PAM para o setor de obstetrícia da Santa Casa.
Agentes então deram início a investigação e encontraram o corpo de uma recém-nascida, morta por asfixiada. Testemunha que acompanhou a acadêmica até o pronto atendimento disse à polícia que desconfiava que a amiga estivesse grávida.
Horas depois, essa testemunha foi até a delegacia e entregou a mala que a amiga havia deixado no bagageiro do veículo dela. Investigadores abriram e então encontraram o corpo da criança enrolado em toalhas.
A perícia técnica foi acionada e, em seguida, corpo encaminhado ao Instituto Médigo Legal (IML) para exame de necrópsia. Laudo atestou morte por asfixia mecânica.
A garota é de Ivinhema, estudou na cidade de Adamantina, no interior de São Paulo, no ano passado, mas trancou o curso e voltou para casa. Todavia, teria retornado a Adamantina, para concluir o processo para retirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Presa por infanticídio, ela deixou a Santa Casa e foi encaminhada para a cadeia pública de Dracena, de onde deve ser transferida para a Penitenciária Feminina de Tupi Paulista. Se condenada, a estudante pode pegar pena que varia de dois a seis anos de detenção.
PASSANDO MAL
A delegada de Defesa da Mulher, Luciana Nunes Falcão Mendes, contou que a polícia conseguiu encontrar a mulher que estava com a universitária na casa em que criança nasceu, em Adamantina.
A testemunha contou que a jovem morava no local desde abril e se trancou no quarto na última quinta-feira (9) com a justificativa de que estava passando mal. Essa amiga teria encontrado marcas de sangue no banheiro, mas ainda assim a estudante garantiu que não estava se sentindo bem por outra razão.
De acordo com a delegada Luciana, a criança nasceu e foi morta na sexta-feira de manhã. No dia seguinte, a universitária viajou para Dracena com o corpo do bebê na mala.
A polícia vai apurar para saber se a morte da menina aconteceu por conta do confinamento na mala ou por outra ação que obstruiu as vias aéreas da criança. A jovem disse que entrou em trabalho de parto e garantiu que não fez manobra abortiva, o que ainda será investigado.