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Depois da ordem para ‘estourar’ o Presídio de Segurança Máxima da Capital, um vídeo que circula mostra presos integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) falando sobre a chacina, que aconteceu em Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, neste fim de semana.
No áudio é possível ouvir o relato sobre as mortes que aconteceram no presídio, no total 33, e a comemoração de que nenhum membro da facção esteja entre os mortos do massacre. É possível ouvir a voz de um detento falando que no local ‘era opressão, eram várias injustiças e hoje ai já é nossa’.
“Graças a Deus num perdemo (sic) nenhum irmão nosso”, prossegue o preso. Uma pequena multidão ouve o relato e comemora. O vídeo, neste momento, tem um corte, e na sequência os presos aparecem gritando lemas do PCC, entre eles um de origem religios: “se deus é por nós, quem será contra nós”. A “assembleia” também tem gritos do que é considerado uma espécie de slogan da facção criminosa: “Paz, Justiça, Liberdade e União”. A gravação, de 1:13, termina com a massa gritando “PCC”.
Caos nos presidios
Desde o começo do ano já aconteceram rebeliões e motins presídios de cinco estados, Minas Gerais, Paraná, Manaus, Roraima e Rio Grande do Norte. Depois das centenas de mortes pelo país, a ordem para ‘estourar’ a Máxima na Capital foi dada, e uma lista com pelo menos 90 nomes estão marcados para morrer durante a ação.
Por causa da situação transferências não foram descartadas pela governadora em exercício, Rose Modesto (PSDB). “Até o momento não houve alteração na rotina das penitenciárias, as visitas e banho de sol estão normais, mas existe a possibilidade de novas transferências”, disse a tucana.
Áudios atribuídos a líderes das facções traziam ameaças de execuções, na semana passada. O Governo do Estado já havia solicitado a transferência de 22 presos, como parte de uma movimentação de detentos feita pela União, depois de massacres ocorridos em presídios do Amazonas e de Roraima, que transferiu 32 presos às Unidades Federais do país.
Agepen
A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) afirmou que os cuidados com o sistema prisional de Mato Grosso do Sul foram redobrados.
O diretor-presidente a Agepen, Ailton Stropa Garcia explicou que até o momento, nenhuma sinalização de que a rebelião possa acontecer em MS foi detectada, mas que a situação é monitorada pelas autoridades minuto a minuto. Ainda conforme o diretor, a Agepen já pediu apoio da Polícia Militar em todo o Estado para reforçar as equipes das escoltas, das muralhas e também intensificar as vigilâncias em volta das unidades.
https://youtu.be/cGguTK0fhfY