Mesmo com a conjuntura desfavorável, 69,6% dos municípios sul-mato-grossenses (ou 55 administrações) conseguiram fechar 2017 com as contas equilibradas.
O resultado faz parte de um estudo sobre o cenário das finanças municipais da Confederação Nacional de Municípios (CNM). O panorama, chamado “A Crise nos Municípios”, mostra o esforço dos prefeitos para cumprir com suas obrigações e para promover desenvolvimento local.
O índice de MS supera a média nacional, de 50,3% das prefeituras com as contas em dia. Isso significa que não deixaram dívidas de 2017 para 2018.
Para encerrar o ano com o salto positivo, os gestores venceram o desafio de pagar funcionalismo em dia, manter o gasto com a folha de pessoal equilibrada, quitar os fornecedores e pagar o 13º salário dos funcionários, afirma o presidente da Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul), Pedro Caravina.
“Os prefeitos apertaram o cinto, investiram menos e priorizaram o pagamento das folhas para conseguir manter as finanças”, destacou o dirigente.
Ele destaca ainda que o resultado aponta o compromisso dos gestores locais e uma nova tendência de gestões mais criativas.
Uma das esperanças, no ano passado, era o Apoio Financeiro aos Municípios (AFM), para encerrar o exercício com o saldo positivo. Mas a verba prometida pelo governo não saiu.
A pesquisa questionou se o município contava com o repasse do apoio para o fechamento. Do total, 74,7% das cidades de MS afirmaram que contavam com o repasse para fechar as contas. “O efeito da suspensão do compromisso de repasse do AFM fez as prefeituras adotarem medidas para reduzir os impactos à população”, afirma o estudo.