Os dados refletem a vinda de novas indústrias e empresas e desenvolvimento estudantil
Carina Yano/Tv Sobrinho –
Na última sexta-feira (07), em Mundo Novo, aconteceu a 7ª Conferência Municipal das Cidades – Construindo a Política Estadual de Desenvolvimento Urbano. O tema apresentado foi ‘Caminhos para Cidades Inclusivas, Democráticas, Sustentáveis e com Justiça Social’.
O evento aconteceu no Anfiteatro da UEMS e reuniu autoridades e sociedade civil. O principal objetivo da conferência foi levantar propostas de evolução na mobilidade urbana diante do aumento populacional em Mundo Novo.
O crescimento é um reflexo da vinda de novas indústrias, como a Novo Mundo Alimentos, localizada ao lado do Posto Tio Sam, a Fecularia Lorenz – saída para Japorã -, a cooperativa C.vale – localizada próximo a secretaria de Agricultura – e a empresa florestal Ouro Verde – saída para Eldorado.
O município também teve um desenvolvimento no comércio local com inaugurações e reinaugurações de empresas, além do crescimento estudantil com a vinda do curso de Agronomia em 2022 e a possibilidade da construção do hospital veterinário para o curso de Medicina Veterinária na UEMS.
Atualmente o município tem 19.193 mil habitantes e caminha gradativamente para 20 mil. Diante disso, gera um alerta para a mobilidade urbana.
Segundo o tecnólogo em Gestão Ambiental, mestre em Agronomia e doutor em Recursos Humanos, Jefferson Mateus, a partir do momento que um município atinge 20 mil habitantes, ele é obrigado a elaborar um Plano Diretor – instrumento de planejamento urbano.
O Plano Diretor é uma ferramenta que possibilita o município ter um direcionamento, através de participação popular, das universidades e do poder Legislativo, pra ter uma visão técnica e ampliada da situação e poder entender pra onde a cidade deve crescer e quais áreas devem ser evitadas.
Jefferson apontou a importância da mobilidade urbana mostrando a conexão no contexto social e político.
“A mobilidade urbana está totalmente relacionada aonde as pessoas moram e onde elas trabalham. Se eu demoro pouco tempo pra voltar do trabalho e tenho mais tempo para me exercitar e ter tempo com meus filhos, por exemplo. Isso significa qualidade de vida, uma grande importância no cotidiano das pessoas. Se acontece isso, há menos gasto com recursos na saúde e menos demanda de medicamentos: qualidade de vida é mais responsabilidade com dinheiro público e menos gastos orçamentários”, citou Jefferson.
Professor Jeferson fez palestra bastante elogiada pelos presentes (foto: Carina Yano/Semcos)
“Para uma cidade ser sustentável e inclusiva ela obrigatoriamente tem que ter onde as pessoas morarem. As empresas estão vindo, gerando empregos, mas as pessoas precisam ter um lugar para trabalhar e morar”, disse a vice-prefeita Rosária Andrade.
Dentro da conferência, Jefferson ainda trouxe o tema Geotecnologia e sobre Smart City, também chamadas de “cidades inteligentes” – um dos pilares são a eficiência energética, qualidade de vida e a preocupação com a sustentabilidade ambiental, social e econômica.
A segunda palestrante, Eleana Patta Flain, mestre em Engenharia Civil pela USP, doutora em Arquitetura e Urbanismo pela FAU Makenzie e professora adjunta do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, trouxe o tema central da conferência.
Segundo o coordenador de Habitação, Júlio Peixoto, várias propostas foram apresentadas no âmbito de mobilidade urbana, trânsito, saúde, habitação e meio ambiente. Em breve os eixos aprovados serão apresentados para a população.
As propostas serão encaminhadas para a conferência estadual no segundo semestre pelos delegados eleitos para representar Mundo Novo: Carina Galvão, Jefferson Matheus e pelos suplentes Mauri Pereira e professor André.