O horário de verão que termina na zero hora do domingo (17) – na madrugada de sábado para domingo – rendeu uma redução na demanda no horário de pico de cerca de 2.477 megawatts (MW), ou 4,5% do consumo, segundo informação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) nesta sexta-feira (15).
No horário de verão anterior, a redução de demanda no horário de pico foi de 2.555 MW, representando 4,6%.
De 2011 para 2012, a mudança de horário gerou uma economia de R$ 160 milhões, já que reduziu a necessidade de uso das térmicas. No horário de verão de 2012 para 2013, a economia teria sido de R$ 200 milhões caso as térmicas não estivessem ligadas, o que a ONS chama de “despesa evitada”. A redução de gasto, no entanto, não ocorreu, já que todas as usinas térmicas estão ligadas.
A redução no consumo de energia durante o horário de verão deste ano foi de 250 MW médios. “Os 250 MWmed de redução do consumo de energia foram incorporados aos ganhos de armazenamento no período e, valorizados por um custo médio de geração térmica, representam uma despesa evitada (pela população) de cerca de R$ 200 milhões”, informou o ONS, em nota.
Desligamento das térmicas
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, disse, na semana passada, que só no final de abril o governo vai avaliar a possibilidade de iniciar o desligamento das usinas térmicas, acionadas desde outubro por conta da queda no nível dos reservatórios das hidrelétricas.
No início de janeiro, os principais reservatórios do país chegaram a níveis de armazenamento de água semelhantes ao do período pré-racionamento, adotado em junho de 2001. A situação levou a aumento do temor de que o país pudesse enfrentar desabastecimento de energia, o que o governo negou.
Por conta da falta de chuva, desde outubro o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) mantém ligadas todas as usinas termelétricas do país que estão disponíveis. Essa medida é necessária para poupar água das represas e ajudá-las e voltar a níveis adequados.
O problema é que a energia térmica é mais cara e o custo adicional é repassado aos consumidores por meio da conta de luz.
Fonte: g1.com.br