Serão cumpridos 49 mandados judiciais no PR, SE, BA, SP e MS.
Patrimônio da quadrilha avaliado pela PF gira em torno de R$ 40 milhões.
A Polícia Federal (PF), em conjunto com a Receita Federal, realiza uma operação contra tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro em 15 cidades do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Bahia e Sergipe desde a madrugada desta segunda-feira (15). A operação foi batizada de Ferrari e cumpre 49 mandados judiciais. Até as 11h, nove pessoas haviam sido presas.
De acordo com os policiais, a organização criminosa mantinha casas em condomínios de luxo emLondrina, no norte do Paraná, e utilizava carros importados, além de embarcações de alto valor. O patrimônio da quadrilha foi avaliado pela PF em aproximadamente R$ 40 milhões.
Do total de mandados, 20 são de prisão preventiva, 22 de busca e apreensão e sete são de condução coercitiva, quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento. Todos os presos serão trazidos para a Superintendência da PF em Curitiba.
Ainda conforme a PF, o nome da operação faz alusão ao estilo de vida luxuoso que os criminosos mantinham. A quadrilha lavava dinheiro de várias empresas, uma delas chama-se Ferrari.
Serão cumpridos ainda o sequestro de 20 imóveis, bloqueio em 30 contas correntes e apreensão de mais de 100 veículos adquiridos por meio de práticas criminosas, ainda de acordo com a PF.
As cidades alvo da operação são Londrina, Cambé, Arapongas, São Jerônimo da Serra ePorecatu, no Paraná. Em São Paulo – Osasco, Indaiatuba, Hortolândia, Salto, Sumaré,Araçoiaba da Serra e Campinas. Mundo Novo, em Mato Grosso do Sul, Salvador, na Bahia, eAquidabã, no Sergipe.
Ao todo, 300 policiais federais e 28 servidores da Receita Federal participam da ação.
Como a quadrilha agia
Segundo a Receita Federal, a organização criminosa investigada trazia os entorpecentes do Peru e da Bolívia, através da fronteira do Paraguai, para o Brasil. Após o ingresso no país, a pasta base de cocaína era transportada para os estados do Mato Grosso do Sul e do Paraná para posterior refino.
Os líderes da organização se estabeleceram nas regiões de Londrina e de Campinas e promoviam lavagem de dinheiro passando-se por empresários dos ramos de postos de combustíveis, de transporte e de revenda de veículos.
Fonte: G1