Líder em pesquisa sem Lula, Bolsonaro diz que Datafolha está “pagando vexame”

0
5
Sérgio Lima/Poder360

O deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ), pré-candidato à Presidência, em vídeo divulgado em sua conta no Twitter, na manhã de domingo (10), questionou e criticou os números trazidos pela pesquisa Datafolha, sobre as intenções de voto na eleição de outubro. De acordo com Bolsonaro, a pesquisa realizada pelo DataPoder360, no final de maio, sobre a corrida presidencial, mostrava sua vitória no segundo turno contra os demais “por larga diferença”.

“Vem hoje o Datafolha, que todos nós conhecemos, e diz o contrário: estou bem para baixo e no segundo turno perderia de todo mundo. Datafolha, continuas pagando vexame e com toda a certeza recebendo algo de muito bom dos seus patrocinadores. Vamos levar essa!”, afirma.

Segundo o Datafolha, num cenário sem a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o deputado continua à frente dos concorrentes, com 19%, seguido de Marina Silva (Rede), que oscila entre 14% e 15%, Ciro Gomes (PDT), que oscila entre 10 e 11%, Geraldo Alckmin (PSDB) com 7% e Alvaro Dias (Podemos) com 4%. Com Lula, Bolsonaro aparece em segundo lugar, com 17%, atrás do ex-presidente, que tem 30% e lidera a corrida em todos os cenários.

Nas simulações de segundo turno, Bolsonaro aparece com 34%, empatado, considerando a margem de erro de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos, com o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), que tem 36%. Bolsonaro só venceria a disputa contra o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, por 36% a 27%. Perderia de Marina, por 42% a 32%, e empataria com Geraldo Alckmin, ambos com 33%.

A pesquisa Datafolha foi realizada entre os dias 6 (quarta-feira) e 7 (quinta-feira) deste mês e teve como base 2.824 entrevistas em 174 municípios em todos os estados do País, mais Distrito Federal. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no TSE sob número BR-05110/2018.

SUSPEIÇÃO DE FRAUDES

Bolsonaro, disse que a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de suspender o voto impresso cria insegurança nas eleições deste ano. A fala ocorreu em entrevista ao portal “Hora do Papito”. Para o deputado, “a suspeição de fraude pode aflorar” com quem quer que seja eleito em 2018 e “de forma violenta”. Bolsonaro declarou que “a população não vai admitir”.

Os ministros do Supremo decidiram na última quarta-feira (6) pela inconstitucionalidade da obrigação estabelecida pela minirreforma eleitoral em 2015.

O voto impresso é uma das bandeiras de Bolsonaro. O deputado foi o autor da proposta, aprovada pelo Congresso Nacional. Posteriormente, a presidente Dilma Rousseff vetou, mas o veto acabou derrubado por deputados e senadores e a impressão do voto foi reinserida na lei nº 13.165/15.

Bolsonaro afirma que o voto impresso é uma forma de verificar a veracidade da apuração do sistema eletrônico. “É uma maneira que você tem de você ao ter desconfiança, na suspeição, você pedir então a contagem manual do voto, que tem que bater 100% com o voto apurado eletronicamente naquele domingo das eleições”, disse.

Na decisão do STF, o ministro Gilmar Mendes, relator, votou para admitir a implementação do sistema, mas de forma gradual. Foi acompanhado apenas por Dias Toffoli.

A decisão julgou ação da PGR (Procuradoria Geral da República) que contestou a exigência do voto impresso. A Procuradoria argumentou que a obrigatoriedade afronta o direito do sigilo ao voto e coloca em risco a confiabilidade do sistema eleitoral.

Bolsonaro afirma que a intenção do voto impresso é totalmente contrária ao argumento da PGR. “Eu não sei em que mundo da lua, com todo respeito aos meu colegas do Judiciário e do MP, tem a cabeça”, disse, ao declarar que não confia no sistema eletrônico.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui