Cortejado inicialmente por MDB e PSDB, o ex-prefeito de Dourados e ex-vice-governador Murilo Zauith, presidente regional do DEM, optou por integrar a chapa tucana e sair candidato a vice-governador. Agora, emedebistas tentam na Justiça Eleitoral impugnar a candidatura do democrata, bem como toda coligação encabeçada por Reinaldo Azambuja (PSDB).
A coligação ‘Amor, Trabalho e Fé’, encabeçada pelo MDB, alega que Murilo ‘é notoriamente conhecido como fundador, Diretor e proprietário da Universidade da Grande Dourados – UNIGRAN’, entidade que mantém convênio e recebe recursos do Governo do Estado.
A defesa da coligação emedebista anexou provas ao processo, incluindo um convênio firmado entre a Unigran, no valor de R$ 1.107.777,27 (um milhão, cento e sete mil, setecentos e setenta e sete reais e vinte e sete centavos), e a Sedhast (Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho).
O convênio, alega o MDB, já foi aditivado e ultrapassou R$ 2,5 milhões. O extrato inicial é de 2015, e foi assinado inicialmente pela então titular da Sedhast, Rose Modesto (PSDB), e por Mariana Zauith, filha de Murilo.
Nas provas anexadas, a coligação emedebista apresentou ainda afirmações da atual reitora da Unigran, Rosa Maria D’Amato De Réa, de que o candidato do DEM a vice-governador é o ‘mantenedor’ da universidade, , razão pela qual, defende o MDB, ele deveria deixar a função com pelo menos seis meses antes do pleito (Art. 1º, II, i, da LC nº 64/90).
Os advogados do MDB e aliados pedem que a Jucems (Junta Comercial de Mato Grosso do Sul) seja oficiada para apresentar contrato social e todas as alterações da Unigran, para comprovar o período em que Murilo esteve à frente da entidade.
O pedido da coligação ‘Amor, Trabalho e Fé’ é pela impugnação do registro da candidatura de Murilo, e, em consequência, de toda a chapa majoritária ‘Avançar com Responsabilidade’, encabeçada pelo governador Reinaldo Azambuja, candidato à reeleição.
A chapa tucana e o ex-prefeito de Dourados só foram intimados pela Justiça Eleitoral na tarde de ontem, segunda-feira (20), que concedeu prazo de sete dias para que ambos apresentem contestação ao pedido do MDB.