O advogado do deputado estadual Zé Teixeira (DEM), Carlos Marques afirmou que o parlamentar pode ficar preso por até cinco dias por determinação do STJ (Superior Tribunal de Justiça). Este é prazo da prisão temporária para todos os 14 alvos da Operação Vostok, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (12). A defesa do democrata diz que não há fato novo e a prisão foi “sem necessidade” e “midiática”.
Durante a prisão de Zé Teixeira, em um hotel de Campo Grande, o motorista do deputado douradense também foi detido, pois estava com uma arma de fogo sem ter autorização para portar o revólver.
Zé Teixeira é um dos personagens envolvidos nas investigações que apuram suposto esquema de pagamento de propinas em troca de benefícios fiscais em Mato Grosso do Sul.
A apuração teve início em janeiro deste ano, após trechos da delação dos donos da JBS confirmarem denúncias anteriores sobre a suposta emissão de notas fiscais frias emitidas por pessoas ligadas ao tucano. O parlamentar teria emitido R$ 1,6 milhão em notas frias da venda de bois.
Carlos Marques diz que não há nada de novo na investigação e criticou a prisão do seu cliente. Neste momento, agentes da Polícia Federal fazem buscas no gabinete do deputado na Assembleia Legislativa e também estiveram no escritório particular de Teixeira.
“Fazer uma prisão temporária, sem absoluta necessidade de um deputado estadual com endereço em certo por um fato antigo não é razoável. É uma medida midiática, mais uma vez, feita pelo poder judiciário”, relata Carlos Marques.