Em pleno ano pré-eleitoral, o PT corre o risco de perder mais de dez prefeitos de uma vez por causa da “caça às bruxas”. Isso porque, segundo o chefe do Executivo de Jardim, Erney Cunha, a decisão de permanecer ou debandar da sigla será tomada em bloco, após o diretório regional se manifestar oficialmente sobre o pedido de expulsão dos gestores que concordaram em fechar chapa de consenso para nova diretoria da Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul), feito pelo deputado federal José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT. Além disso, a permanência do prefeito de Corumbá, Paulo Duarte, na direção estadual do PT deixa o cenário ainda mais conturbado.
“Estamos aguardando posicionamento do PT estadual para a gente tomar decisão em bloco. Vamos chamar os prefeitos do PT caso haja debandada”, explicou. A crise petista começou depois da derrota do senador Delcídio do Amaral (PT) na eleição para governador do Estado. Depois de não vencer no primeiro turno, como toda a cúpula acreditava, ele não conseguiu virar o jogo na segunda fase do pleito, perdendo o comando de Mato Grosso do Sul para Reinaldo Azambuja (PSDB).
As rachaduras foram acentuadas quando 12 prefeitos do PT aceitaram chapa consensual na Assomasul e ficaram com a vice-presidência. O grande problema não foi o cargo em si, mas sim o partido ao qual o nome escolhido para presidir a entidade pertence: o prefeito de Nova Alvorada do Sul, Juvenal Neto (PSDB). Zeca tentou frear a negociação argumentando proibição da executiva nacional sobre qualquer tipo de aliança com a cúpula tucana.
Fonte: Matéria Retirada do Site Folha do Cone Sul.