O senador Delcídio do Amaral (PT) completa dois meses de prisão nesta segunda-feira (25). Ele foi encarcerado em 25 de novembro a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) sob acusação de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato. No mesmo dia o Senado, que tinha o poder de reverter a situação, preferiu mantê-lo preso. Além disso, o PT nacional o suspendeu por 60 dias da sigla.
O petista teria ofertado mesada de R$ 50 mil para que o ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró não aceitasse delação premida, bem como não mencionasse seu nome à polícia. A conversa foi gravada e repassada pela PGR (Procuradoria-Geral da República) ao Supremo para embasar o pedido de prisão.
No último sábado (23) o jornal Folha de São Paulo noticiou que investigados da Lava Jato acreditam que a gravação produzida por Bernardo Cerveró para prender o senador seja ‘armação’ e pode ter sido “coordenada por fora”. Segundo a publicação, a PF viu indícios de que a gravação não foi uma decisão espontânea do filho do ex-diretor da Petrobras, de que ele não teria agido sozinho.
Na próxima semana, quando o Congresso retorna de recesso, a comissão de ética do Senado dá seguimento ao processo que pode cassar o mandato de Delcídio caso fique comprovado quebra de decoro parlamentar. A defesa do petista alega que ele passou todos esses dias, incluindo natal e réveillon, arquitetando plano para se defender.
Fonte: Midiamax