As acusações do deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT) que atribui ao Governo do Estado perseguição política contra prefeitos do PDT candidatos à reeleição foram rebatidas pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Em agenda pública na manhã de hoje, o chefe do Governo afirma que a polícia nunca será usada para esses fins.
No sábado, o Correio do Estado publicou as declarações do deputado. Segundo ele, recentes ações feitas em Jaraguari e Paranhos, municípios comandados por gestores do PDT que disputam a reeleição, representam perseguição.
O parlamentar avaliou como absurdo o efetivo mobilizado nessas cidades e afirma estar clara a intenção de desequilibrar o pleito eleitoral. “Esse abuso não pode ser permitido. Não se admite, nos dias de hoje e no processo democrático, desequilibrar o pleito eleitoral com polícia”.
Dagoberto acrescentou que Mato Grosso do Sul vai na contramão do Congresso e da Justiça Eleitoral, que estão impondo série de restrições para coibir a compra de voto e garantir disputa mais igualitária nessas eleições. “No entanto, aqui, onde estamos disputando diretamente com PSDB, caso desses municípios, acaba tendo essa ação por parte do governo”, declarou.
Rebatendo às acusações, Azambuja disse que respeita a opinião do deputado, mas nega qualquer tipo de perseguição. “A gente não faz da policia instrumento de govenro, polícia é instumento de Estado e serve pra todos. Qualquer investigação tem que ter profundamento, ainda mais se sinaliza desvio de recurso público”, afirmou.
Azambuja também relembrou que algumas das ações, como a realizada em Paranhos, foi coordenada pelo Grupo Armado de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), braço do Ministério Público. “Já teve até contra pré-candidatos do PDB”, disse Azambuja.
