“Um crime brutal”, foi desta forma que o delegado Fábio Amaro, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), classificou o assassinato do policial militar Rodrigo Federizzi. Em entrevista coletiva nesta manhã (18), a polícia detalhou como o crime aconteceu, e divulgou um vídeo em que a acusada, Ellen Homiak, esposa de Federizzi, confessa a autoria da morte e conta como cometeu o crime.
Conforme a polícia, não há dúvidas de que Ellen cometeu o crime. “Ela apertou o gatilho, serrou as pernas do marido, carregou o corpo até o carro, levou até a área rural de Araucária e enterrou as partes”, disse o delegado. No entanto, a polícia segue investigando se há a participação de uma segunda pessoa, mas não na execução do crime e sim na autoria intelectual, ou mesmo que tenha incentivado ela a matar.
Motivação
Para a polícia, Ellen afirmou que “a motivação para o crime, teria sido o fato de ele sempre a chamar de louca, de dizer que iria interna-la em uma clínica psiquiátrica para tratamento e que ela perderia o filho”. Que, ela então, tomou coragem, pegou a pistola que ele sempre deixava na cabeceira da cama e, atirou. A mulher ainda revelou, que “depois de atirar, ficou sem saber o que fazer com o corpo. Então, saiu, pensou. Foi comprou a pá, voltou para casa e lembrou da faca de caça do marido. Pegou a faca e cortou as pernas. Quando chegou no osso, ela pegou uma serra”.
Apesar das declarações de Ellen quanto a motivação, a polícia investiga outro possível motivo, que seria financeiro. “Nós investigamos que o Rodrigo fazia ‘bicos’ e que estava juntando dinheiro. Ele tinha R$ 50 mil em uma conta que era administrada por ela, ela que ficava com os cartões e esse dinheiro sumiu”, disse Amaro. “Estamos investigando se esse fato tem alguma ligação com o crime”.
Investigação
A polícia destacou que desde o primeiro momento, quando Ellen registrou o então desaparecimento do marido, já houve desconfiança sobre o caso. As declarações dela, para a polícia, pareceram ‘estranhas’. A polícia iniciou as investigações e tudo foi levando à Ellen.
Ela disse à polícia que o marido tinha saído com um colega. As imagens das câmeras de segurança do condomínio em que moravam não mostra em momento algum ele saindo. Depois disso, Ellen passou a ‘limpar’ excessivamente o apartamento, jogando fora lençóis e travesseiros. Outro fator, foi a declaração do filho do casal, que ‘disse ter ouvido um tiro’.
A partir da constatação de que ela ‘realmente tinha ligação com o crime’, foi solicitado à Justiça mandado para verificação do apartamento, onde foi contatada a presença de sangue. “Quando aplicamos a substância para revelar a presença de sangue, e acendemos a luz negra, o apartamento parecia uma boate”, disse Amaro, se referindo a quantidade de sangue no local, e que reagiu a substância.
A s investigações seguem e a polícia tem ainda 21 dias para concluir o inquérito. Ellen segue presa.
Malas
Uma denúncia chegou até a Rede Massa, dando conta de que “as malas que Ellen supostamente teria usado para transportar o corpo do marido do apartamento até o carro, estariam em um lavacar, mesmo local onde ela teria mandado lavar o carro depois de dispensar o corpo de Rodrigo”. A informação foi repassada ao delegado Fábio Amaro, que afirmou que vai investigar o caso, uma vez que à polícia, Ellen afirmou que “queimou as malas”.