Caso inédito em Mato Grosso do Sul, avança na Santa Casa de Campo Grande a gestação do bebê cuja mãe teve morte cerebral confirmada desde 30 de janeiro. O drama da família da gestante, que se divide entre um longo adeus e a torcida pela chegada de Yago, foi divulgado em 2 de março. Na ocasião, o feto tinha 23 semanas.
Passados 12 dias, a assessoria de imprensa do hospital informa que a criança se desenvolve bem, dentro do esperado nos exames pré-natal.
“É muito arteiro, não para quieto. Se mexe muito”, conta Adrielli de Souza Avalos dos Santos, 20 anos, irmã da gestante Renata Souza Sodré, 22 anos, que sofreu AVC (Acidente Vascular Cerebral). Renata não resistiu, mas, por meio de medicamentos, a gestação prossegue, com o intuito de ser levada a, no mínimo, 28 semanas, que corresponde a sete meses.
Conforme Adrielli, o bebê já ganhou roupas e berço. “Roupinha já tem bastante. Agora a gente vai atrás de fraldas”, diz.
Esperando Yago – Após sofrer AVC em 27 de janeiro, Renata teve a morte cerebral constatada por dois exames clínicos mais exame de imagem. Os exames também apontaram que o feto vivia e entrava na 17ª semana.
Com o caso explicado à família e acompanhado pela Comissão de Ética do hospital, começou a administração diária de medicamentos, pois, com a morte cerebral, o corpo para de produzir hormônios.