A cidade de Juti, viveu uma quarta-feira (4) bastante movimentada. Por volta das 6h30, o padre da cidade, ciente que a situação não era das melhores, dirigiu-se até uma fazenda onde morava o homem de 38 anos e sua família. Mas no meio do caminho deparou-se com a esposa dele, muito assustada, acompanhada pelos dois filhos menores.
Ela, em um breve relato, disse que o marido havia surtado, a agredido e afirmou que a intenção era matar uma pessoa até as 15h. Diante dos fatos o padre decidiu chamar a polícia. Uma guarnição do 12º Batalhão, com um cabo e um soldado foram até o local . Lá chegando constataram que o fazendeiro havia colocado fogo em uma moto e em um trator. Inclusive com este veículo ele havia derrubado parte da casa-sede da fazenda, que também estava queimando. Diante da gravidade da situação foi chamado reforço de Naviraí. Durante todo este tempo, o fazendeiro estava portando um facão, impedindo a aproximação dos policiais.
Quando soltou a arma por alguns segundos, ele acabou dominado. No entanto a ocorrência não terminou aí. O padre, que havia deixado a esposa em lugar seguro, voltou à fazenda para conversa com o homem. No entanto, depois dele já dominado, os policiais escutaram grito pedindo ajuda. Era o padre, que ao entrar na casa para tentar acalmar o amigo, acabou escorregando e ao bater em uma viga teve a perna fraturada. Com a vítima sem condições de se mover e com o imóvel em chamas, o soldado que havia iniciado a ocorrência entrou no fogo, colocou o padre nos ombros e retirou-o para lugar seguro. Posteriormente, com fratura exposta na perna e o corpo parcialmente queimado, foi levado para o hospital de Juti e depois para Durados.
O fazendeiro responsável por toda confusão, vai responder na Lei Maria da penha, por ter agredido a mulher e por dano e incêndio,pois mesmo sendo em sua propriedade, colocou em risco a integridade de terceiros.