Sem chance nas eleições municipais de outubro devido ao envolvimento de ex-assessores em denúncias de desvio dinheiro público ao longo de sua administração, cuja investigação faz parte da Operação Lama Asfáltica, o ex-governador André Puccinelli (PMDB) preferiu deixar passar o período de turbulência para tentar voltar em 2018.
Apesar disso, o seu partido decidiu enfrentar as urnas em 38 municípios de Mato Grosso do Sul, com a expectativa de vitória em 25 delas, segundo reportagem na edição desta sexta-feira do jornal Correio do Estado.
De acordo com a publicação, o PMDB é o segundo partido à indicar o maior número de candidatos a prefeito, atrás do PSDB do governador Reinaldo Azambuja, provável adversário de André Puccinelli em 2018. O partido disputa o cargo em 56 das 79 cidades do Estado.
O PSDB ainda indicou 18 candidatos a vice-prefeitos em composição com outros partidos aliados.
A estratégia tucana é pavimentar o caminho de volta de Reinaldo Azambuja daqui a dois anos, num confronto que deve envolver, além de André Puccinelli, o deputado federal e ex-governador Zeca do PT, outro que estrategicamente desistiu de disputar a prefeitura de Campo Grande agora depois da prisão do então senador Delcídio do Amaral (ex-PT) e dos escândalos envolvendo o governo da presidente Dilma Rousseff.
LAMA ASFÁLTICA
Com seus principais caciques investigados na Operação Lava Jato desgastados por
derrotas nas últimas eleições, o partido do presidente interino, Michel Temer (PMDB-SP), apostará numa
renovação de quadros na disputa deste ano.
Com candidatos lançados em 18 capitais, os peemedebistas terão 13 nomes que nunca
disputaram o cargo de prefeito.
Nove deles disputarão pela primeira vez uma eleição majoritária, incluindo candidaturas em
grandes centros como Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Belém.
Em Campo Grande, André Puccinelli jogou a toalha ao anunciar há dias que não disputará a prefeitura da Capital de Mato Grosso do Sul.
Apesar de apresentar uma série de argumentos, o líder peemedebista se vê desgastado pelas denúncias da Operação Lama Asfáltica que levaram para a cadeia o ex-deputado federal Edson Giroto, seu amigo íntimo e seu ex-secretário de Obras Públicas, acusa de desvio milionário de dinheiro público, além do empresário João Amorim, campeão de vencer licitações em seus governos.
Sem candidatos tradicionais em alguns estados por causa da crise, PMDB deve disputar em18 capitais; em 9, candidatos estreiam em majoritárias, segundo reportagem do G1.
VEJA O QUADRO
RIO DE JANEIRO
Pedro Paulo
Primeira eleição majoritária
BELO HORIZONTE
Rodrigo Pacheco
Primeira eleição majoritária
SÃO LUÍS
Fábio Câmara
Primeira eleição majoritária
BELÉM
Carlos Maneschy
Primeira eleição majoritária
PORTO VELHO
Williames Pimentel
Primeira eleição majoritária
RIO BRANCO
Eliane Sinhasique
Primeira eleição majoritária
MANAUS
Marcos Rotta
Primeira eleição majoritária
CURITIBA
Requião Filho
Primeira eleição majoritária
CUIABÁ
Valtenir Pereira
Primeira eleição majoritária
JOÃO PESSOA
Manoel Júnior
FLORIANÓPOLIS
Gean Loureiro
MACAPÁ
Gilvan Borges
BOA VISTA
Teresa Surita
SÃO PAULO
Marta Suplicy
VITÓRIA
Lelo Coimbra
MACEIÓ
Cícero Almeida
PORTO ALEGRE
Sebastião Melo